sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Informações, alternativas e decisões


Ofereço as reflexões que seguem para aqueles que estão em busca de recolocação profissional ou mesmo os que buscam uma melhor posição na mesma empresa.

Para começar, o que lhes digo é fruto de mais de quarenta anos de experiência organizacional, onde o sucesso e, também insucessos, de meus desempenhos dependiam, substancialmente, do desempenho de outras pessoas em outros setores da mesma organização ou de organizações externas. Assim, o que a experiência me ensinou é que as pessoas de sucesso buscam, incessantemente, informações sobre o ambiente imediato onde está trabalhando para poder tomar decisões OPORTUNAS e ADEQUADAS. Isso mesmo: INFORMAÇÃO para tomar DECISÕES. Em qualquer nível de atividade organizacional. Do arrumador de legumes, vegetais e perecíveis em um armazém e supermercado, até um Gerente de linha fixa de produção.

Vamos fazer uma analogia com algo que lhe seja familiar. Por exemplo, a contratação de uma empregada doméstica. Imagine que você precise trabalhar todo o dia e ao chegar em casa já não a encontre mas possa desfrutar do trabalho competente dela: jantar delicioso esperando para ser aquecido, roupas de trabalho para o dia seguinte lavadas e passadas e a casa limpa e arrumada. Nada, absolutamente NADA para você ter que fazer que ela não tenha feito, que venha lhe furtar os momentos de descanso, sobretudo se você enfrentou um trânsito caótico para chegar em seu “reino”. Saliento, por oportuno que ainda não encontrei organização mais complexa do que um LAR, considerando a miríade de decisões estratégicas que uma dona de casa ou empregada domésticas tem que tomar ao longo de um simples dia.

Então, vamos iniciar uma comparação com o que seu líder e sua empresa esperam de você.
Imagine se a funcionária de sua empresa, chamada “LAR” se restringisse a APENAS, trabalhar por excitação de fatos externos, ou seja, aguardasse vir uma ORDEM para ela iniciar alguma atividade. Isso não é incomum, pois muitos funcionários em organização AGUARDAREM ordem para fazer algo por não ter – e muitas das vezes não querer ter- a proatividade de iniciar suas atribuições sem ser mandado. Imagine, então, você tendo que usar seus intervalos de trabalho para, ao invés de desfrutar um cafezinho e companhia de amigos, tivesse que ficar ligando para casa para dar ordens e orientações para sua funcionária. Com certeza você se estressaria e desejaria ter uma funcionária “despachada” ou, “autogerenciável”. Pois é, essa TAMBÉM é a expectativa dos líderes que lhe deram uma chance de emprego e mostrar suas competências.

Se seu LAR fosse em um prédio, ela fosse informada que haveria suspensão do fornecimento de energia elétrica por três horas, no período da tarde, para serviços de manutenção de rede elétrica? Se ela, como faz expressiva quantidade de outras E TAMBÉM de funcionários organizacionais, lhe interrompesse em uma importante reunião de vendas ou de acompanhamento de projetos, para lhe perguntar o que fazer ou que atitude tomar, ou qual atividade priorizar? Certamente você não iria querer NEM TOMAR conhecimento do que ocorreu e sim chegar em casa e encontrar tudo feito, na esperança de que, fazendo jus ao salário que você lhe paga, ela tivesse autogerenciado suas prioridades em decisões oportunas e acertadas. Se você chegasse em casa com um bilhetinho na mesa dizendo não haver comida porque ela decidiu lavar e passar toda a roupa antes da suspensão do fornecimento de energia ou se sua roupa e os uniformes escolares de seus filhos para o dia seguinte não estivessem lavados tampouco passados, obrigando você fazê-los ao longo da noite, esgotados por um dia extenuante de trabalho encimado por um trânsito caótico no retorno para seu LAR.

Essas reflexões iniciais trazem a importância de se executar suas atividades com informações oportunas e atualizadas sobre vários elementos e fatores externos ao seu trabalho dos quais você depende para ter sucesso no que faz.

Assim, informação e decisão são primordiais em suas atividades.

Pense nisso. Voltaremos em outro momento prosseguindo com mais reflexões.

Boa sorte.
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#jffwsantos

Sobre conchas, mares e marés.


"Reflexões sobre uma gratificante recompensa na lide de ensinar e preparar cidadãos para os desafios do mercado."

Lembro de uma estória que ouvi ainda garoto, de um jovem à beira-mar ocupando-se de recolher conchas ressecadas incrustadas nas areias de uma praia deserta, mas afastadas e longe do alcance das ondas da baixa maré.

Um senhor, com sabedoria estampada nos sulcos de sua face e cabelos grisalhos e ralos, resolveu perguntar o motivo de atividade tão inusitada para ele. Ao que o jovem respondeu: essas conchas estão ressecadas já rachando e estou atirando-as para dentro da maré para que possam se revigorar e serem arrastadas para o mar aberto com o refluxo das águas.

O senhor lhe perguntou qual a diferença que todo aquele trabalho daria ao jovem, ao que o mesmo respondeu: Para ele nenhuma, mas muita para as conchas, pois elas teriam nova chance de se recobrar e contribuir para formar arrecifes e permitir o renascimento da flora e fauna naquela praia abandonada e desértica por aquele motivo.

E quanto a mim? Por que relembrei daquela singela estória?

Ano passado foi-me dado o desafio de ministrar aulas na Disciplina de Administração de Produção e Operações ocasião na qual apenas cinco alunos se matricularam, quase que "na marra", para cumprir conteúdo, posto que a fama da matéria era de ser árdua e "reprovante".

Ao final do semestre logramos êxito onde todos foram aprovados sem necessidade de exames finais para nenhum dos cinco.

Semana passada iniciei a disciplina de Logística Empresarial, outro "fantasma" em função de desempenhos abaixo do esperado em semestres anteriores com outros professores fruto, quem sabe, do cansaço natural de quem passa o dia trabalhando após sair muito cedo de casa. Qual não foi minha surpresa ao saber que teria "apenas" oito alunos incluindo os cinco do semestre anterior. Ou seja, apenas três se aventurariam. Contudo já me sentia feliz por haver 60% de aumento de clientes.

Ontem, já na segunda aula, outra grata surpresa ao deparar-me com treze alunos em sala. Soube que tinha sido após minha intervenção em um evento coletivo defendendo um projeto naquela instituição de "consultoria júnior" embora não entenda absolutamente nada acerca de tal proposta. Apenas repassei exemplos de profissionais egressos de bancos escolares e suas vicissitudes quando entrantes nas organizações e sugerindo ser a "consultoria júnior" uma excelente opção para que estudantes se deparassem com problemas reais nas organizações atendidas e agregassem, por antecipação, valioso conhecimento prático de gestão e suas peculiaridades.

Já em sala, com o fenomenal aumento de 120% em minha clientela, iniciei minha preleção informando que, não obstante a seguir rigorosamente o conteúdo programático, nossas atividades seriam de um consultor construindo e lidando com desafios ombreado a gerentes e supervisores, fatia laboral prevista para atuação no mercado de egressos, em graduação, de faculdades.

Ao final da noite ao entregar o registro de classe na secretaria da Instituição fui informado haver uma intempestiva procura de outros alunos para matrícula na mesma disciplina, ao que a secretária me pediu preparação para atender vinte cidadãos na expectativa de melhor se qualificarem para o mercado.

A rigor, o que o que apresentei aos treze nada mais foi do que eu havia aplicado e trabalhado junto com os alunos de curso de tecnólogos, em outra instituição, resguardando, claro, a diferenciação entre estes e graduados. De sorte que durante o intervalo (são três horas de aula em uma noite) os alunos divulgaram a metodologia que lhes ofertaria daí o motivo do aumento de interessados.

Na Instituição anterior, à qual não fui reaproveitado, tive a grata oportunidade e honra de servir a cidadãos em busca de competências para concorrer em um mercado denso e incerto. Dei o melhor de mim, como sempre faço em minhas atividades, sobretudo quando tratam-se de pessoas buscando conhecimentos e qualificação. Emocionei-me ao ser escolhido como professor homenageado.

Também muito me emocionou saber que uma senhora, mãe e trabalhadora, logrou, na mesma instituição, a primeira nota DEZ em sua vida de estudante, e note-se que a matéria era árdua também, Gestão de Armazenagem e Estoques.

Senti-me o jovem recolhendo conchas ressecadas e desacreditadas e recolocando-as na "maré do mercado". Tenho absoluta convicção que os que logram aprovação nas disciplinas que ministro terão sucesso no mercado. Eles comporão corais e arrecifes, absorvendo os impactos das marés e dando guarita a "pequenos e frágeis plantas e peixes" - futuros líderes- enquanto se encorpam para, sozinhos, enfrentarem as ondas deste vasto e incerto mar que é o mercado brasileiro.

Para mim, a quem Deus já proveu várias experiências profissionais e de vida gratificantes, o "arremessar-lhes" de volta à maré não fará qualquer diferença em minha vida ou carreira, posto que hoje ensino por prazer de contribuir, contudo, para meus clientes alunos, tenho a convicção de que é uma inigualável oportunidade.
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sexta-feira, 15 de julho de 2016

O erro bom.




Durante uma palestra sobre vendas dias atrás um espectador fez a seguinte pergunta ao palestrante: “Quantas vezes pode se errar? Quantas vezes o erro é tolerável? ”

Bem, parece ser uma pergunta difícil e, até, delicada. Diria eu: “Quantas vezes for necessário! ”

Uma resposta paradoxal. Como errar pode se necessário? Sim, é e deve ser necessário. Contudo esse erro necessário dependerá de muitos fatores, de quem lidera e de quem está errando.

Bem, falando de minha experiência como gestor e líder, após muitos anos e mais de 400 colaboradores diretos sob minha égide, sempre estimulei o erro honesto, o erro bom.

Durante reuniões e em brifings antes de voos, atividades de manutenção de aeronaves (aviões e helicópteros) ou mesmo em atividades operacionais conjuntas (outros órgãos -civis ou militares- envolvidos) eu alertava para a necessidade de não esconder os erros, por menores que fossem. O principal motivo: Investigar a causa, o fator deflagrador do erro.

Como uma organização militar tem os mesmos graus de complexidade de uma grande empresa privada (a principal diferença é a constante vigilância do Tribunal de Contas da União e Ministério Público não corriqueiras na gestão de empresas privadas) as atividades e processos sistêmicos carecem de constante acompanhamento.

Salientava naquelas ocasiões que qualquer, absolutamente qualquer ação, positiva ou negativa, em um determinado setor tinha impactos de graus diferenciados nos demais setores. Assim, um atraso, um procedimento incompleto ou feito de forma parcial oriundo no setor de manutenção tinha impactos nos setores de RH, Financeiro, Logístico, T.I, Relações Institucionais (Marketing), etc. A rigor, o mesmo ocorre nas empresas privadas.

Em aulas friso aos alunos para fugirem da “síndrome do Pequeno Príncipe” cuja melhor representatividade é ele sentado em um trono, admirando uma flor tendo ao lado uma raposa, só que em um planeta desabitado. Usava essa metáfora também nas atividades de liderança para ressaltar a importância do zelo nas atividades pois poderia prejudicar as metas de outros setores.

O erro honesto

Sempre, como líder, considerei as origens dos erros da seguinte forma (desconsidero o erro intencional):

·         O funcionário não estava preparado para a atividade: Se fosse comum, a origem também envolvia os critérios de recrutamento e de seleção não adequados o que demandaria tempo e recursos para capacitação do colaborador;

·         O erro aparecia de forma eventual: Meu foco ficava adstrito à problemas de ambiência, ergonômicos (uniforme, EPI, equipamentos, software, etc), problemas de instruções escritas ou faladas);

·         O erro ocorria em função da atividade realizada não estar conforme com as normas e instruções escritas: Tal erro não era frequente e era “cometido” até por profissionais experientes e cuidadosos. Nesse particular era importante acompanhar o processo de atualização de diretrizes, normas, regulamentos e avisos, tanto oriundo de órgãos públicos como entidades privadas (empresas de auditoria privada, de certificações, especificações de clientes não observadas, etc).

Procurava manter o foco nessas três formas de manifestação do erro. O importante é que ele precisava ser investigado, corrigido e sua incidência coibida de ser repetida.

O erro “não-bom”

Por cerca de dezesseis anos trabalhei no Sistema de Investigação e de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos como Oficial de Segurança de Voo ou em outras atividades que alimentavam, diretamente, o sistema. Naquela ocasião aprendi que cerca de 90% dos acidentes e dos incidentes aeronáuticos são causados por “Erro Humano”. Por decorrência também fazia prevenção de acidentes de trabalho e o fator motivacional era o mesmo. Do que aprendi e retive como ensinamentos foram as seguintes causas de erros humanos:

·         Imperícia;

·         Imprudência;

·         Não seguir “checklists”, normas orientadoras e diretrizes;

·         Falta de preparo para identificar o erro; e

·         Identificar erros e condescender com eles (contornar situações de erro para não se ferir susceptibilidades)

Os erros oriundos dessas práticas via de regra conduziam a um acidente ou incidente, tanto aéreo como de trabalho.



De PDCA para SDCA

Portanto, salientava nos brifings e gerenciamento de atividades operacionais que em todos os processos e sistemas a ocorrência do erro é comum pois estes precisam, constantemente, ser acompanhados, avaliados, corrigidos e atualizados. Usava para esse fim, na mais singela concepção do estatístico Deming o exemplo do ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Verificar e Corrigir) tinha sua concepção na verificação constante sobre erros que ocorriam após todo o ciclo de planejamento ser cumprido. Se o erro tivesse frequência que comprometesse a qualidade ou a produtividade, o ciclo era refeito, percorrido quantas vezes se fizesse necessário até atingir um nível de excelência ou de ocorrência de erros tolerável, quando então o processo evoluía para um SDCA, sendo o “S” de “standard” ou “padronização”.

Realidade brasileira

Como toda atividade de liderança também é uma atividade de formação, orientava os líderes setoriais sob minha égide a considerarem a incidência dos fatores do macroambiente que contribuíam, sobremaneira, para existência de erros de toda sorte.

Os serviços públicos nacionais não são regulares e de qualidade questionável, tais como fornecimento de energia elétrica, transportes, telecomunicações, saneamento básico, mobilidade urbana, etc. Sobre esses serviços clientes, fornecedores e demais setores da mesma organização tem expectativas de desempenho de um determinado setor que pode ser comprometido. Os setores dependentes deveriam se preocupar em entender a possibilidade do “erro” na promoção do produto ou do serviço antes de lançar uma crítica feroz ao setor responsável.

Da mesma forma, vivemos sob a égide de um Estado “cartorialista” profuso em leis, diretrizes, normas, avisos etc por vezes regulando uma mesma atividade em estados diferentes da federação (ex: fiscalização, tributos, etc) o que também contribui para a “existência de um erro” da empresa, sob o ponto de vista do cliente, quando um atraso ou mudança de critérios do uso do produto ou serviço ocorre.

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Por fim, reconheço que em ambiente de alta competitividade, sobretudo no atual cenário de severas restrições econômicas, a tolerância para o erro reduz-se substancialmente. Todavia insisto nessa perspectiva para encorajar seus colaboradores e não vir a perder uma “mão de obra” não só cara, mas, também, de difícil e onerosa preparação em busca da excelência.

Pense nisso e sucesso.
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terça-feira, 12 de julho de 2016

Plane Finder


PLANE FINDER

https://planefinder.net/

O importante a se salientar neste vídeo é o potencial dos mercados dos países do Pacífico.
Nossa atual política externa está priorizando trocas comerciais com países africanos e da América Latina. Os dados falam por si sós.

Aviation Outlook: Turbulence Ahead for the Industry?



Aviation Outlook: Turbulenca Ahead for the Industry

http://www.bloomberg.com/news/videos/2016-07-10/aviation-outlook-turbulence-ahead

Uma entrevista no site da Bloomberg.
Apesar de um pouco alarmista, há dados interessantes sobre a capacidade de aquecimento daquela indústria frente ao comportamento da economia mundial.
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segunda-feira, 21 de março de 2016

Pró-reitor da FGV apresenta propostas para melhoria do ensino no Brasil

Gostei da lucidez dos especialistas. 
Vale a leitura 


Pró-reitor da FGV apresenta propostas para melhoria do ensino no Brasil

[...] o Brasil ocupa a 60ª posição entre os 76 países avaliados na última edição do  PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. O país amarga também outros números: há 3,8 milhões de brasileiros, entre 4 e 17 anos, fora da escola; o analfabetismo ainda alcança 13 milhões de pessoas acima de 15 anos, o que corresponde a 8,3% da população; e apenas 32,3% dos brasileiros de 18 a 24 anos cursam ou cursaram o ensino superior. Para agravar esta situação, o Ministério da Educação sofreu um corte de aproximadamente R$ 9 bilhões em seu orçamento no ano de 2015.[...]

[...] “Hoje em dia, a escola tem uma responsabilidade adicional, que é de formação de pessoas, o que há 50 anos era tarefa dos pais (principalmente da mãe), que hoje passam  mais tempo fora de casa trabalhando. Dessa forma, a escola tem que assumir essa posição. Em Israel, por exemplo, no Kibutz [pequena comunidade israelense economicamente autônoma com base em trabalho agrícola ou agroindustrial, caracterizada por uma organização igualitária e democrática], os pais trabalham e há quem cuide dos filhos”. De acordo com Freitas, a escola precisar abordar outros temas além das ciências básicas, como doenças sexualmente transmissíveis, proteção mosquito aedes aegypti e hábitos alimentares.[...]


[...] Os professores explicam que atualmente há uma evasão de 50% dos jovens que concluem o ensino fundamental  para ingressar no ensino médio, visto que não há estímulo para o aprendizado. Uma solução proposta por eles para reverter este quadro é a implantação de atividades práticas nas escolas, para que os jovens adquiram uma profissão, como marcenaria, manutenção predial, computação, entre outras.[...]

[...] A proposta é que todo aluno no ensino médio receba uma formação técnica. Isso quebraria a rotina de seis horas sentado em sala de aula  e seria mais interessante para os  jovens dessa idade”, ressalta. Freitas explica ainda que são necessárias cerca de 1 mil horas para formar um profissional de nível técnico e que, entre cursar uma universidade fraca e fazer um curso técnico,  é melhor adquirir uma profissão técnica.

A ideia dos educadores é que cada região ofereça cursos técnicos de acordo com as necessidades locais, para gerar empregabilidade.[...]

domingo, 28 de fevereiro de 2016

5 sementes de um novo Brasil






Transformações significativas, profundas e duradouras normalmente não acontecem de uma hora para outra. Elas levam tempo e são consequências de forças que se somam e que, ao maturarem, trazem à tona mudanças imperceptíveis até então.

É cedo demais para ter certeza, mas talvez, o Brasil esteja passando por uma destas transformações, ainda em estágio subterrâneo e silencioso. Cinco sementes já estão plantadas:

1. Fim da cultura de impunidade generalizada e aceitação da corrupção – baixíssimo risco de punição e grande potencial de ganhos criaram uma cultura em que a corrupção foi, por muito tempo, encarada como “a forma como as coisas são no Brasil”. O corrupto era visto como o padrão; o honesto, como trouxa. Punições severas a algumas das pessoas mais poderosas do país, incluindo empresários, como Marcelo Odebrecht, e políticos, como o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, e potencialmente outros muito mais poderosos, elevaram o risco para candidatos a corruptos e corruptores. Além disso, a decisão do Supremo Tribunal Federal de autorizar a prisão após condenação em segunda instância “fechou uma das janelas da impunidade no processo penal brasileiro”, segundo o juiz Sérgio Moro. Por fim, se houver suficiente pressão da sociedade, mudanças significativas na lei de combate à corrupção podem acontecer (10 medidas contra a corrupção).

2. Melhora de nível educacional brasileiro ao longo das duas últimas décadas – a qualidade da educação brasileira é péssima. Por isso, pouco notou-se o aumento no acesso de brasileiros ao ensino médio e universitário. É óbvio que precisamos melhorar – e muito – a qualidade da educação no país. Menos óbvio é que, mesmo com educação de baixa qualidade, o nível educacional médio do brasileiro melhorou bastante nas duas últimas décadas simplesmente porque mais de uma dezena de milhões de brasileiros que não iam à escola e à universidade passaram a ir. Ainda temos muito a evoluir, mas um povo mais educado fica mais produtivo, é menos vulnerável a manipulações e exige mais de seus líderes.

3. Expansão do acesso à internet e a redes sociais – nós brasileiros precisamos cobrar mais de nossos governantes. É mais fácil fazer isso quando a maioria dos brasileiros tem acesso à internet e às redes sociais, como hoje, e pode externar o que pensa, organizar-se e protestar. A importância deste fator na Primavera Árabe fala por si só.

4. Mudança de perfil religioso – nas últimas décadas, particularmente entre as camadas de menor poder aquisitivo da população, houve uma expansão muito significativa da fé evangélica. Muita atenção foi dada ao fato que diversos líderes religiosos e políticos inescrupulosos aproveitaram-se disso em benefício próprio. Por outro lado, o fato de que a ética de vida e de trabalho deste grupo tende a ser diferente da que a maior parte da população brasileira tem recebeu pouca atenção. A ética protestante de valorização do trabalho como forma de melhorar de vida, se generalizada, pode ser um elemento importante para revertermos a cultura de paternalismo estatal que, há alguns anos, batizei de Bolsa-Brasil, e que é um componente importante dos problemas brasileiros. Além disso, a honestidade parece ser um valor mais arraigado entre evangélicos fervorosos do que na maioria da população brasileira.

5. Ascensão social e econômica da nova classe média – dezenas de milhões de brasileiros que nunca tiveram acesso a muitos produtos e serviços não tinham sequer a expectativa de ter este acesso. Eles não mudaram apenas de padrão e consumo, mas também de expectativas. Eles esperam manter o que conquistaram e conquistar mais ao longo da vida. Neste momento, está acontecendo o contrário. Muitos estão regredindo, gerando insatisfação e uma pressão nos líderes políticos que antes não ocorria. Quem não provou e não esperava ter, não exigia; quem provou e está perdendo, sim. Além disso, ao melhorarem de padrão de renda e consumo, muitos deles passaram de beneficiários de programas sociais do governo a seus financiadores, pagando impostos bastante elevados sobre renda e consumo. Isto pode tornar-se um componente de pressão para desmontar o atual modelo de Estado provedor inchado, caro e ineficiente.

Para se desenvolverem, crescerem e gerarem árvores que darão frutos, as sementes precisam ser regadas e cuidadas. A transformação do Brasil em um país melhor também não vai acontecer sozinha. O trabalho será difícil e árduo, mas pelo menos as sementes já estão plantadas.

Ricardo Amorim é apresentador do Manhattan Connection da Globonews, presidente da Ricam Consultoria, o brasileiro mais influente no LinkedIn, único brasileiro na lista dos melhores e mais importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner e o economista mais influente do Brasil segundo a revista Forbes. 
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Só 8% dos brasileiros dominam de fato português e matemática





exame.abril.com.br

[...] Apenas 8% dos pesquisados mostraram domínio e chegaram ao nível máximo do teste, considerados “proficientes” em português e matemática. Dos cinco níveis possíveis, a maior parcela, de 42%, está no grau “elementar”, aqueles que estão aptos a trabalhar bem com a casa de milhar e números negativos em matemática, compreendem e tiram conclusões simples de textos médios, além de agrupar informações textuais e numéricas de tabelas simples, por exemplo [...]

[...] “Um dado que surpreende, porém, é o fato de só 18% das pessoas com cargos mais altos na administração pública terem alfabetização em nível pleno. É pouco, pensando que são pessoas em cargo de referência e tomadores de decisão”[...]
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sábado, 27 de fevereiro de 2016

1,3 milhão de jovens abandonam a escola no Brasil


É um enorme desafio que já compromete nossa economia formal a partir de 2020.
A sociedade se recusa a encarar e terceiriza as responsabilidades para escola e educadores, despreocupando-se em cobrar de famílias e de infraestrutura na gestão pública para que possamos ter alguma esperança de reverter este quadro.







[...] Há, no entanto, 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que deixaram a escola sem concluir os estudos, dos quais 52% não concluíram sequer o ensino fundamental.[...]

[...] "Os estudos feitos com dados do IBGE e do MEC [Ministério da Educação] indicam que há grupos em maior risco. São jovens de baixa renda, em sua maioria negros, que trocam com frequência os estudos por um trabalho precário ou que ficam grávidas já na adolescência", diz o texto, que acrescenta: "Entender o perfil do jovem que evade da escola e identificar os momentos em que esse movimento é mais provável são ações importantes a serem realizadas pelos gestores de escolas e dos sistemas educacionais.[...]
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Estupidez organizacional



Indivíduos e empresas ganhariam se aprendessem a administrar com mais humildade a própria ignorância

Thomaz Wood Jr. 
www.cartacapital.com.br _ publicado 17/02/2016  


Palermice pode ser definida como falta de sensibilidade, discernimento ou senso, a recusa ou incapacidade de utilizar a inteligência e os próprios recursos cognitivos. 

O cotidiano está cheio de manifestações de palermice e estupidez, algumas delas agressivas, outras apenas inconvenientes. Em muitas situações, o efeito pode ser catastrófico.

Na noite de 13 de janeiro de 2012, um transatlântico ao largo da costa italiana realizou uma manobra exuberante, aproximando-se perigosamente de uma ilha, em um movimento conhecido e considerado por regras de navegação marítimas e pelos códigos da empresa proprietária do navio como prática insegura. 

Seguiu-se uma colisão. O choque não foi prontamente seguido de um pedido de socorro, de alarme e de procedimentos para o abandono do navio. A embarcação naufragou. O desastre ceifou três dezenas de vidas. Um dos que se salvaram foi o capitão. Ele abandonou o posto assim que teve a chance e deixou os passageiros à própria sorte.

O caso do navio Costa Concordia e do capitão Francesco Schettino foi analisado pelos pesquisadores Luca Giustiniano, Miguel Pina e Cunha e Stewart Clegg. O trio lembra que o promotor do caso caracterizou o comportamento de Schettino como o de um idiota irresponsável.

Decisões erradas, ilusões sobre a capacidade de controle da situação, falta de autocrítica e insistência no erro aumentaram dramaticamente as proporções da tragédia.

Em um artigo publicado no Journal of Management Studies, em 2012, Mats Alvesson e André Spicer desenvolvem um pequeno tratado sobre a palermice e a estupidez nas organizações. Recordam notáveis contribuições ao estudo do tema.

Herbert Simon, no início dos anos 1970, cunhou o termo “racionalidade limitada” para captar o fato de que nas organizações, e fora delas, tomamos decisões não totalmente racionais. Isso ocorre por causa da falta de tempo, de informações ou de capacidade para processá-las. 

James March e colaboradores, também na década de 1970, constataram que as organizações com frequência operam em ambientes ambíguos, dinâmicos e imprevisíveis. E as organizações são elas mesmas anárquicas e inconsistentes. Seus processos são pouco compreendidos pelos gestores e os tomadores de decisão são caprichosos e volúveis.

Elas operam com base em tentativa e erro, produzem muitas soluções depois descartadas pela ausência de problemas a eles correspondentes. O modelo de decisão proposto pelos autores ficou então conhecido como “modelo da lata de lixo”. Significativo!

Francesco-Schettino
    Schettino, como outros, tomou decisões erradas e se iludiu sobre a capacidade de controle da situação

Chris Argyris, na década de 1980, chamou a atenção para a “incompetência qualificada” presente em grandes organizações. Muitos gerentes e profissionais são qualificados por saberem agir com rapidez diante das situações. Ganham tempo, mas podem chegar com frequência a resultados negativos, porque evitam situações novas e perguntas difíceis.

Alguns pesquisadores passaram a se debruçar sobre o papel da ignorância nas organizações, definida como a simples falta de conhecimento sobre os assuntos tratados. Em um paradoxo, enquanto o acesso à informação aumenta, a capacidade para lidar com o conhecimento diminui e o descompasso leva gerentes e profissionais a tomar decisões e adotar práticas que conhecem apenas superficialmente. Resultado: ficam sujeitos a pequenos, e a grandes, desastres.  

Alvesson e Spicer definem a estupidez funcional como a aversão ou incapacidade de mobilizar três recursos cognitivos específicos: primeiro, a capacidade para refletir ou questionar conhecimentos, procedimentos e normas; segundo, a inclinação para solicitar justificativas e prover razões e explicações; e, terceiro, o raciocínio substantivo, em lugar da tendência de tomar a parte pelo todo, de agir com miopia sobre as questões e os problemas.

Os autores argumentam que a estupidez funcional não é uma aberração a ser ingenuamente combatida, pois é impossível de ser debelada. De fato, muitas de suas características facilitam a vida organizacional, pois aceleram processos e evitam paralisias.

Por outro lado, a palermice organizacional pode também afundar navios, na costa italiana como em outras plagas. Cabe aos capitães e às suas tripulações gerenciar com consciência, humildade e autocrítica. Mas isso talvez seja pedir demais.
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Profissões em 2016



Levantamento realizado por empresa aponta o cenário positivo e negativo das profissões em 2016

[...] Apesar da crise, alguns segmentos do mercado continuam oferecendo boas oportunidades profissionais em 2016, segundo um levantamento realizado pela Wyser, empresa especializada em recrutamento e seleção para média e alta gerência da multinacional italiana de recursos humanos Gi Group.[...]
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Petrobrás interrompe extração "onshore" em seis estados


Bem, muito falo em ação diversionária da mídia comprada, não obstante tentar parecer em "oposição" ao governo. 

Se nossa mídia fosse séria não estaria desviando a atenção da sociedade para o que é sério e essencial para nos entupir com platitudes, factóitdes e casuísmos, a isso chamo de Ação Diversionária.

Então, é preciso ir ler em jornal lááá de fora o que ocorre de verdade aqui. A nossa galinha dos ovos de ouro da gestão petista a cada dia naufragando e nós, sociedade incompetente para gerar produtos de alto valor agregado, continuamos dependentes de commodities.

Eu só penso nas famílias cujos pais caíram na esparrela do governo federal que os incentivou a converter parte do FGTS para adquirir ações da Petrobrás. Quando fizeram isso já sabiam, de ante-mão, da derrocada que estava por vir.



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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Crise valoriza profissionais de Logística e Comércio Exterior


A infraestrutura dos modais de transporte ao longo do território nacional está aquém dos requisitos demandados pelo comércio exterior. Fato é reconhecido pelo pelo próprio governo. 

Não obstante, sempre saliento em sala de aula que a recuperação econômica dar-se-á por intermédio do fortalecimento do setor de Logística. Contudo, convém salientar, a propósito das longas negociações para aprovação da Lei dos Portos (mais de dois anos), a dificuldade que os próprios governadores e parlamentares impuseram à administração federal para que a lei fosse aprovada, não obstante a Lei em comento não abranger toda cadeia de valor das atividades de exportação e de importação.

Leis dos Portos e a Guerra Fiscal, se não forem objeto de constante atenção dos parlamentares serão, sempre, objeto de barganha e de impedimento ao avanço de nosso potencial de desenvolvimento.

Para ajudar na recuperação de nossa economia, a sociedade tem obrigação de querer se inteirar e cobrar do cidadão que, por intermédio de seu voto, torna-se parlamentar para, mais adiante, virar-lhe as costas.
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Leviatã, Laico, Inclusivo e Pátria Educadora



Estado Leviatã...Laico!!

Inclusão religiosa incentivada pelo Estado Leviatã: 53 denominações religiosas.

Inclusão social, inclusão religiosa...enfim, Pátria Educadora.



O Estado Leviatã e Os 7 maiores prejuízos frutos de desastrosa gestão federal


O Estado Leviatã, sufocante e prevalente na economia nacional é fruto e proporção direta da anomia sócio-política do cidadão-eleitor.

Se a saída para a crise precisar de consenso construído em todos os segmentos e recônditos da sociedade o cidadão, no mínimo, precisa se interessar e buscar conhecimento para auxiliar na busca de soluções e saídas.

Se continuar terceirizando tal responsabilidade, o caótico quadro demonstrado na reportagem somente se agravará com o passar dos anos.




(link)

[...] A Secretaria do Tesouro Nacional publica anualmente as informações contendo todos os ativos sob posse da União. Nele é possível descobrir, por exemplo, que os governos possuem R$ 1,03 trilhão em imóveis e R$ 498 bilhões em ações de empresas de inúmeros segmentos (número que caiu significativamente com a desvalorização da Petrobras). O que chama atenção, porém, é o total de ativos. São nada menos do que R$ 6,747 trilhões, ou 1,15 vezes o patrimônio de todas as famílias brasileiras somadas, que equivale a R$ 5,825 trilhões. Cerca de 77% deste patrimônio encontra-se com o governo federal.[...]


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O "Oceano Azul" e a realidade brasileira: Apresento a Emenda Constitucional 87


A longo da cuidadosa leitura do livro "Estratégia do Oceano Azul" pergunto-me se os autores lograriam êxito se tivessem suas empresas instaladas no Brasil.

Um fato inegável é nossa capacidade em sermos, historicamente, patrimonialistas, permitindo a atuação, capilarizada e em profundidade em absolutamente todos os estratos e segmentos de nossa vida sócio econômica.



Vale a atenta leitura e reflexão. 



Zika nas Américas

Carta Capital
Dr Dráusio Varella


Não há vacinas. Combater os focos do mosquito é ainda a melhor prevenção 


[...] Não existem vacinas contra o zika, embora algumas plataformas possam ser adaptadas em pouco tempo. No entanto, como os casos surgem de forma esporádica e imprevisível, vacinar populações inteiras pode ser proibitivo pelos custos e pela inutilidade de imunizar milhões de pessoas em regiões poupadas pelo vírus.

Além de combater os focos do mosquito transmissor, à população restam os recursos que já demonstraram eficácia: repelentes, tela nas janelas, ar condicionado para os que dispõe do equipamento e adiar a gravidez nas regiões assoladas pelo vírus.[...]

Revolução tecnológica no bolso

Tudo isto "cabe" em um smartphone.



Energia elétrica e redução de desigualdade


A fotografia abaixo sublinha duas características peculiares de nossa sociedade. 
A primeira é o populismo das ações do governo para promover a redução de desigualdade sem investimentos em infraestrutura, sobretudo a do parque energético brasileiro.

A segunda passa pelo primeiro motivo que foi a redução de IPI para a linha branca de eletrodomésticos. O cidadão teve do governo, além da redução do IPI, a extrema facilitação do acesso ao crédito. Como resultado, geladeiras, aparelhos de ar-condicionados, máquinas de lavar roupas, freezers, liquidificadores, ferros de passar roupas, liquidificadores, etc que tem como característica principal é o elevado consumo de energia elétrica.

Revela-se, daí, a idiossincrasia do cidadão: Adquire o bem, com crédito facilitado, mas usa de artifícios antiéticos e, até, ilegais, para ter a energia no interior de sua residência.

Teremos, como resultado, excesso de consumo em áreas sem a infraestrutura de suporte necessária. Com a chegada do verão haverá incêndios em comunidades residenciais como as da foto e apagões generalizados por sobrecarga de sistemas de distribuição.







Supermercado no interior de SP adota autoatendimento


Curiosamente quando morei nos EUA de 2006 a 2008 encontrei esse tipo de atendimento de forma muito restrita e, somente, em grandes redes tais como HOME DEPOT, STAPLES e WALGREENS, ainda assim eram, no máximo, três terminais.
Espero que a experiência dê certo no país.

Supermercado no interior de SP adota autoatendimento

Empreendedor, deixe de ser chefe e aprenda a ser um líder




Uma importante avaliação mas que requer reflexão sobre a idiossincrasia peculiar do colaborador brasileiro e as, também, peculiares características de nosso mercado de trabalho e da economia na atual fase que vivemos.
Vale a pena ler e refletir.

Exame.com.br
Marina Turner

Empreendedor, deixe de ser chefe e aprenda a ser um líder

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sábado, 2 de janeiro de 2016

2016: Assertividade!




Receitas simples para se vencer em qualquer cenário!
Assim...


1. Faça o que é certo, não o que é fácil. O nome disso é Ética.

2. Para realizar coisas grandes, comece pequeno. O nome disso é Planejamento.

3. Aprenda a dizer 'não'. O nome disso é Foco.

4. Parou de ventar? Comece a remar. O nome disso é Garra.

5. Não tenha medo de errar, nem de rir dos seus erros. O nome disso é Criatividade.

6. Sua melhor desculpa não pode ser mais forte que seu desejo. O nome disso é Vontade.

7. Não basta iniciativa. Também é preciso ter 'acabativa'. O nome disso é Efetividade.

8. Se você acha que o tempo voa, trate de ser o piloto. O nome disso é Produtividade.

9. Desafie-se um pouco mais a cada dia. O nome disso é Superação.

10. Pra todo 'game over', existe um 'play again'. O nome disso é Vida.

Excelente 2016 para todos!!
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