terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Para 2016... "papo de cabine"!!


Bem, estamos às portas de 2016. A sociedade e o setor produtivo não conseguem entender o que está acontecendo com nossa economia. Haverá tempos de confusão, renitentes letargias e busca desesperada por faróis que iluminem um caminho, a exemplo da entrada em um cais cheio de pedras, com maré alta em baía de mar turbulento.

Quando me perguntam o que fazer respondo: Nada de novo! Apenas concentre-se no que você e sua empresa são bons e busque manter o padrão elevado de produtividade. Busque manter, muito antes de pensar em inovar. Procure avaliar como estão seus portfólios de competências organizacionais e laborais e busque se antecipar aos fenômenos que tenderão a degradar os níveis de produtividade conquistados, até então, a duras penas.

O que já sabemos? Governo sem dinheiro e no limite da arrecadação de contribuintes físicos e jurídicos. Então...Toma-lhe impostos, novos tributos, tarifas, multas, etc, etc. São 5 565 cidades sem repasses federais sobre o que recolheram ao longo do ano, com Lei de Responsabilidade Fiscal lhes estrangulando e tentando sobreviver com o pouquíssimo que sobra do orçamento público que não seja vinculado a uma "cláusula pétrea"...

Ah! Lá vem política!! Meu negócio é mercado, é vendas, é...Mas no Brasil dos últimos vinte anos existe mercado sem a pesada mão do Estado Leviatã? Estado Totalitário?!?! E a tomada de três pinos? De onde saiu? E a eliminação da obrigatoriedade de extintores de incêndio veiculares? E os aumentos de regras e critérios de certificações ambientais? De bombeiros? De INSS? De inclusão de deficientes? De diversidade de gênero?

É!! Isso é Estado Leviatã!! Isso custa muito dinheiro para as empresas.

E se sobreviver a isso tudo? Será que ainda dá para inovar? Será?! Para quem comprar? Com que dinheiro sobrando? Se é inovação pressupõe escolha. Se há escolha tem que se ter poder aquisitivo para se comprar além do mínimo da manutenção. Será que o cliente está com dinheiro sobrando para isso? Será?

E seus fornecedores? Já comprometidos com contratos e planos de ação anteriores? Terão dinheiro sobrando para bancar insumos para sua "inovação"?

Ah! Mas se eu não inovar meus competidores irão me engolir! Vão me ultrapassar, vou perder mercado!! Será?! De onde o cliente que era seu vai arrumar dinheiro para comprar o "dele"?! E os fornecedores "dele" que não tem folga na planilha de custos de produção irão arrumar folga e dinheiro para fornecer para "ele"  onde? Com quem? Para vender mais que você?! Será que, de fato, em um Brasil de Estado Leviatã, cheio de surpresas a cada fim de mês, alguém navega em "oceano azul" para tornar você um concorrente "irrelevante"? Esqueça!!

Ainda que seu concorrente consiga pertencer a um nicho "privilegiado", com benesses governamentais seletivas, ele precisará de um cliente com dinheiro. Ele terá, absolutamente, a mesmíssima carga tributária que você encara e a capacidade dele de reduzir custos para tornar você irrelevante em um Brasil como o nosso será muito remota. Talvez nos oceanos de Marte, nos mais de 7400 km de litoral brasileiro, até 2017, nem pensar.

Não se espantem, é esse diálogo que eu tenho. Tem que ser "candid", como diria o americano em uma economia onde você não vê o empresário falando do governo. Duvido! O Estado lá "desafoga e desintope" os caminhos das empresas. Aqui "só se fala do governo".

Gosto de ser franco. Não adianta, tampouco é justo dizer o que o cliente quer ouvir. Tem que dizer o "que ele precisa ouvir"!

Então, o que digo é: "Olhe para dentro de sua empresa!!". "Agora olhe para fora!!" "Consegue entender o que está acontecendo?!" Não?! Então busque ajuda, séria, competente e franca. Que, de fato, saiba e entenda o que está acontecendo. Cuidado com os novos paradigmas: "Inovar ou morrer!!"

Sou piloto, sobrevivi para escrever estas linhas após voar 16 tipos de aeronaves diferentes, pousando e decolando país a fora. O que me fez chegar até aqui? Pragmatismo. O mesmo pragmatismo do "check list". Uma coletânea de procedimentos com um conjunto de ações específicas para "cada situação distinta".

Piloto não inventa, pois no céu não tem acostamento. Decolou tem que pousar. Piloto segue o "check list". O "papo de cabine" é o "check list". Local e ocasião que, constantemente, avalia-se as condições climáticas, dos aeroportos, da aeronave e prosseguir o vôo sob mal tempo, tempestades e pousar com segurança.

O que faz um piloto viver para contar suas "estórias"?! São minhas sugestões para 2016: "Check list", diálogos, avaliações, papo de cabine, "Check list" e ação.

Você em 2016!


Papo reto!

Você tem que ser eficiente e apresentar produtividade satisfatória aos anseios de sua empresa. Busque elevar esses patamares, seu emprego dependerá, substancialmente, do que você produz na ponta do lápis.

Portanto eu sugiro dicas bem simples:

  •     Conheça bem a atividade que você irá executar;
  •     Conheça as dinâmicas operacionais e administrativas do setor onde você trabalha;
  •    Procure reconhecer o grau de dependência que seu setor tem em relação aos demais setores de sua empresa e prepare-se para compensar deficiências desses setores que lhe chegam para seu setor completar a parte que lhe é devida no projeto ou processo. Reclamar e solicitar conscientização tem pouca valia, a não ser retórica;
  •     Sempre realinhe suas atividades, contribua para o realinhamento das atividades de seu setor com os objetivos da organização. Lembre-se, TUDO tem um custo;
  •     Antes de ter uma grande sacada e querer ficar bem na foto da direção da empresa propondo ações de responsabilidade social só porque é modismo politicamente correto lembre-se: TUDO tem um custo!! Essas ações dão trabalho e custo para os outros setores. Se você não avaliou e não combinou "como os russos" e a direção aceitar suas ideias muito provavelmente você ficará bem na foto momentaneamente, mas logo logo sua produtividade irá ser detonada por setores que você, com sua idéia politicamente correta e inclusiva, acabou por dar mais trabalho. A lição que fica?!?! Todo setor tem seus planos de trabalho específicos, orçamento apertados e prazos exíguos. Pergunte "pros russos" se eles podem e lhes é conveniente, TAMBÉM, bancar sua grande sacada;
  •     Avalie seu grau de dependência de fatores econômicos tais como energia, transporte, saneamento, mobilidade urbana, telecomunicações etc etc. TODO setor, TODA organização depende deles para ser eficiente e ter alta produtividade;
  •     Neste particular procure se informar de eventos externos venham a prejudicar o acesso aos benefícios daqueles fatores. Pense nos apagões de energia, nos alagamentos, nas greves, etc. Antecipe-se e prepare-se para agir de forma a compensar as deficiências que os demais setores terão por dificuldades com aqueles fatores;
  •     Interaja, converse, reflita e negocie. Você não é o pequeno príncipe sentado olhando para uma rosa em um planeta deserto. Você depende dos demais setores e eles dependem da qualidade de seu trabalho;
  •     Discuta e registre suas dificuldades. Com esses registros procure se antecipar com os outros setores corrigindo ou aplicando alternativas que venham proporcionar eficiência. Isso evita retrabalhos e desperdícios dos parcos recursos, sobretudo financeiros e logísticos que, com absoluta certeza, sua organização enfrentará;


Ao longo de mais de quarenta anos de vivência organizacional essas foram as informações que colhi fruto de muitos insucessos e não muitos sucessos, afinal, estamos no Brasil que a cada dia nos surpreende.

Espero ter ajudado de alguma forma.
Boa sorte

Feliz 2016!!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Mudanças Organizacionais...quem me ajuda?!?!





O que houve com os consultores especializados em Mudanças Organizacionais?
Onde posso encontrá-los?
Para onde foram?
Em meados da década passada era uma verdadeira profusão, sobretudo no Linkedin, consultorias especializadas em Mudanças Organizacionais. A maioria francamente colocando no alvo a "insensibilidade" do líder para melhor preparar o colaborador para melhor "absorver" as mudanças (aliás, havia uma máxima de "vejo mudanças em todo o tempo, toda hora, em todo lugar!!" ) e, claro e inexoravelmente, preparar e conscientizar líderes e organizações a tornarem as mudanças mais "palatáveis" ou "deglutíveis" para os colaboradores.
Nosso Estado Leviatã, franco interventor na Economia não for, por si só, um grande motivo gerador de Mudanças...A tomada de três pinos é um clássico exemplo. Outro exemplo: Obrigatoriedade e critérios para uso de extintores veiculares e, não mais do que de repente, obrigatoriedade extinta... se não for outro bom exemplo...
Várias mudanças intempestivas em Leis, sejam de âmbito municipal, ou estadual, ou federal são também ótimos exemplos e seara para os "especialistas" em mudanças organizacionais melhor prepararem tanto colaboradores como líderes.
Legislações ambientais, legislações trabalhistas atendendo inclusão de deficientes físicos e diversidade sexual em ambiente de trabalho são, da mesma forma, profusas oportunidades para uma empresa ter o beneplácito dos conhecimentos agregados dos "especialistas" em mudanças organizacionais...Onde se encontram?!?!
Os dois próximos anos serão de severas restrições orçamentárias não só para empresas, como para fornecedores, parceiros e, sobretudo, no poder aquisitivo do cliente, o rei da equação mercadológica. Tudo isto em meio a Ajustes Ficais, Lei de Responsabilidade Fiscal, e uma séria profusa de condicionantes financeiros e limitarão, sobremaneira, a capacidade das organizações em investirem em melhores condições de trabalho e, manter um fluxo de caixa sem buscar financiamento público, e olhe lá!!
Agora, logo agora que empresas estão necessitando de um "farol' para guiá-las em tempos de restrição orçamentária que atinge os setores internos, fornecedores, parceiros e, principalmente, o poder aquisitivo do cliente brasileiro...
Onde é que foram parar os consultores de Mudanças Organizacionais?!?

 .